sábado, 1 de junho de 2013

Minha lista de fotógrafos

Quando fiz o whorkshop com o Claudio Edinger, uma das coisas que ele nos falou é de que devíamos ter uma lista de fotógrafos que nos inspiram, com os quais nos identificamos, que são referência em fotografia e que estudássemos sobre eles. Eu tinha alguns nomes, como  Steve McCurry, de quem já falei  aqui no blog, mas uma lista eu não tinha.

É inevitável não ouvir sobre fotógrafos em todos os cursos que venho fazendo e alguns me chamam a atenção e, aos poucos, vou entrando nesse universo.

 
Logo, o segundo nome da minha lista é SEBASTIÃO SALGADO, fotógrafo brasileiro, nascido em Minas Gerais, com formação em Economia, exilado na França, descobriu a fotografia aos 30 anos quando retratou a situação econômica dos lugares pelos quais passava a serviço.



O trabalho de Sebastião Salgado é fortemente influenciado pela técnica do ”momento decisivo”, empregada pelo fotógrafo Francês Henri Cartier Bresson. Esta técnica consiste em fotos diretas, disparadas no momento crucial a ser retratado pelo artista. Desta forma, o fotógrafo procura transmitir em um “shot” todo o drama e impacto da situação observada. 
Além do mais, observa-se que todo o trabalho de Salgado é realizado em preto e branco. A ausência de cor significa ausência de informação, isto é, o foco está na clareza da situação retratada. O autor da foto deseja que aquele que a observa concentre-se na situação em si, e não em um ou mais elementos da mesma, o que interessa é o contexto, o impacto do momento retratado.  
Além disso, na fotos de Sebastião Salgado, a ausência de cor enfatiza o drama da situação retratada, a dor e o desespero. É como se o mundo perdesse a cor, a vida, a alegria, já que Salgado utiliza sua fotografia como ferramenta de denúncia da pobreza, violência, guerra e fome em regiões miseráveis do mundo.
 
Vamos ver algumas fotos?
 





 

A dramaticidade, o mistério e o realismo dessas imagens traduzidos pelo preto e branco e contra luz me seduziram. É preciso muita sensibilidade e um olhar especial para poder produzir imagens como essas.
O fato é que a fotografia mudou a maneira de Salgado enxergar o mundo, a ponto de voltar à fazenda em que nasceu e replantar mais de 2 milhões de plantas nativas naquela área devastada e acabou por criar o Instituto Terra, onde suas principais ações envolvem a restauração, produção de mudas de Mata Atlântica, extensão ambiental, educação ambiental e pesquisa científica aplicada.
 
Atualmente, está acontecendo uma exposição no Jardim Botânico no Rio de Janeiro, com 245 fotos do seu livro Genesis, resultado de oito anos de trabalho onde o fotógrafo reúne imagens de lugares do planeta continuam como no início dos tempos.
 
Quer saber mais sobre ´de Sebastião Salgado? Assista à palestra, onde  ele conta uma história profundamente pessoal da arte que quase o matou, e apresenta imagens espetaculares de seu trabalho mais recente, Genesis, que documenta um mundo de pessoas e lugares esquecidos, através desse link:
 
http://on.ted.com/Salgado

Vamos torcer para que essa exposição venha para o Sul para que possamos apreciar de perto essas belas imagens. Enquanto isso, fiquemos com a capa do seu livro:




Fontes:

http://www.eca.usp.br/nucleos/cms/index.php?option=com_content&view=article&id=67:sebas
http://on.ted.com/Salgado
http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/1244957-veja-imagens-de-genesis-novo-livro-de-sebastiao-salgado.shtml
www.institutoterra.org


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