domingo, 19 de agosto de 2012

19 de Agosto - Dia mundial da fotografia


Imagem: Bia Donelli

Parabéns a todos os fotógrafos e aspirantes a fotógrafos como eu.

Qualquer pessoa com um celular se acha um fotógrafo hoje em dia, não é mesmo? A fotografia se popularizou de uma maneira que quase ficou banal. A fotografia é democrática. Tira-se foto de tudo, a qualquer hora e, instantaneamente, está nas redes sociais. Queremos eternizar nossos momentos, nosso estado emocional, nossa alegria. Dividir a conquista. Chamar atenção para alguma coisa. Mas como surgiu essa tal de fotografia que nos permite revelar a todos nosso estado de espírito?

Podemos contar a história da fotografia desde antes do nascimento de Cristo. Por volta de 350 a.C, aproximadamente na época em que viveu Aristóteles na Grécia antiga, já se conhecia o fenômeno da produção de imagens pela passagem da luz através de um pequeno orifício. 

Quem quiser saber toda a evolução, pode clicar aqui e terá toda a cronologia, mas a "invenção" da fotografia se dá a dois franceses: Joseph Nicéphore Niépce  e Jean Jacques Mandé Daguerre.  Niépce  uniu elementos da química e da física, criou a héliographie em 1826, aliando o princípio da "câmara obscura" à característica fotossensível dos sais de prata. Daguerre aperfeiçou o invento após a morte de Niépce  e rebatizou-o como daguerreótipo, registrando imagens em uma chapa revestida com prata e sensibilizada com iodeto de prata e vapor de mercúrio. sua invenção foi apresentada ao mundo no dia 19 de agosto de 1839 na Academia de Ciências da França, em Paris, tornando a frança a "mãe da fotografia".

Houve um reboliço na época. Uma série de protestos por parte dos pintores que achavam que essa invenção ia acabar com a arte da pintura e não admitiam dar à fotografia a mesma posição da pintura. Assim como hoje, os fotógrafos "analógicos" não aderem facilmente à era digital, achando que não há mais arte na fotografia e sim edição.

Por volta de 1880, um norte-americano chamado George Eastman, inventou a primeira câmara fotográfica portátil e o filme embalado em rolos. Ele batizou a máquina portátil de Kodak, pois gostava da letra "K" e foi juntando outras letras até que a palavra tivesse sonoridade e surgiu a Kodak.
A fotografia e as máquinas evoluíram até chegar aos dias de hoje, onde podemos manipular as imagens através de alguns programas específicos. Podemos corrigir defeitos da foto, introduzir alguns efeitos para valorizá-la, porém podemos distorcer e adulterar a imagem também o que nos leva a duvidar de algumas imagens. Tudo é possível. Eu sou meio conservadora e prefiro os métodos tradicionais, mas rendo-me aos recursos que dispomos. A questão não é alterar a foto, mas sim alterar com ética.



Qual a sua opinião sobre essa evolução?
O que você acha desses novos métodos?


Fonte:






terça-feira, 14 de agosto de 2012

Uma das capas de revista mais premiadas do mundo



Eu tinha em torno de 20 anos quando vi a foto na revista e fiquei impressionada com a profundidade do olhar e a beleza daquele rosto , da "menina afegã, em meio a uma guerra. Guardei a revista por muito tempo, mas a perdi em meio às mudanças ao longo da vida.
Nessa minha nova fase, resolvi procurar a foto. Me lembro que anos mais tarde haviam fotografado a então "mulher afegã" e a profundidade do olhar continua me impressionando. 
Quantos anos se passaram. O que aconteceu na vida dessa menina?Não sou a única a fazer essas perguntas e a revista foi ao Afeganistão para procurá-la. 


Reproduzo a história dessa foto:


"Sharbat Gula (1972) é uma mulher afegã da etnia Pashtu. Seu rosto ficou famoso na capa da revista norte-americana National Geographic.
Gula perdeu os seus pais durante o bombardeio soviético do Afeganistão. Enquanto ela estava no campo de refugiados Nasir Bagh, no paquistã, em 1984, ela foi fotografada pelo fotógrafo Steve McCurry. Gula, então com 12 anos de idade, era uma das estudantes em uma escola dentro do campo de refugiados. McCurry tirou a foto quando a encontrou sem burcaas - dada a rara oportunidade de fotografar o rosto de mulheres afegãs (a lei afegã obrigava as mulheres a usarem a burca).
Embora seu nome não fosse conhecido, sua foto, nomeada Afghan Girl (Menina afegã), apareceu na capa da revista National Geographic, edição de junho de 1985. A imagem de seu rosto, com um tecido enrolando sua cabeça, e seus olhos verdes olhando diretamente para a câmara fotográfica, tornou-se um símbolo do conflito entre afegãos e da situação dos refugiados por todo o mundo. A foto de Gula foi nomeada como a fotografia mais reconhecida na história da revista.
A identidade da menina afegã ficou desconhecida por mais de 15 anos, à medida que o Afeganistão continuava fechado para a imprensa ocidental, até a queda do taliban, em 2001. McCurry fez várias tentativas em localizar Gula, na década de 1990, mas sem sucesso.
Em janeiro de 2002, uma expedição da National Geographic viajou ao Afeganistão, com a missão de localizar Gula, a pessoa da famosa fotografia. McCurry, ao saber que o campo de refugiados Nasir Bagh estava para fechar, perguntou aos outros refugiados que ainda moravam no campo. Um deles conhecia o irmão de Gula, e conseguiu fornecer pistas da localização de Sharbat Gula.
A expedição finalmente encontrou Sharbat Gula, então, com 30 anos de idade, numa região remota do Afeganistão. Ela tinha voltado para o seu país de origem em 1992. A sua identidade foi confirmada, usando tecnologia biométrica. Os padrões da íris de Gula eram iguais aos da íris da mulher na fotografia. Ela lembrou-se vividamente de ter sido fotografada (por McCurry) - ela nunca havia sido fotografada, anterior ou posteriormente. No final da década de 90, Gula casou-se, e teve quatro filhas, uma delas morrendo quando bebê. Gula não tinha a menor ideia do impacto causado pela sua foto nas sociedades ocidentais.

A história de Sharbat Gula foi mostrada na edição de abril de 2002. Ela também foi o principal tema de um documentário de televisão, que foi ao ar em março de 2002. Em reconhecimento a Gula, a National Geographic criou um fundo de caridade, com o objetivo de beneficiar as mulheres afegãs."


Sharbat Gula significa "Garota da flor de água doce"

Quem quiser ver bem de perto esse olhar, procure no Facebook ou clique aqui


Duvido não se impressionar! Depois me conta.


domingo, 12 de agosto de 2012

Novos rumos

Saudades!
Eu sei, sumi.
Faz tempo que não tenho tempo.
Tempo a gente acha, alguém há de pensar, mas, realmente, o bicho tá pegando e a gente vai deixando para depois o que não é prioritário. Também deu uma pane no meu notebook e ficou difícil.
O importante é que voltei..."eu voltei, agora pra ficar..." Não pude evitar...rsrs

Como puderam notar, dei uma repaginada no blog. Que tal? Achei mais clean.
Não tenho problemas em me reposicionar e achei que o blog precisava de um assunto específico, afinal fica difícil falar toda hora sobre qualquer coisa. Tem muita gente que tem vocação para isso, mas, eu confesso, não é fácil não. Quando a gente vê, começa e se cobrar por um assunto interessante, novo, surpreendente.

E aí vem o stress e isso é tudo que eu não quero, pois a finalidade deste blog é justamente o contrário. Um hobby, um desafio, uma diversão. Seguindo nesta linha de raciocínio, resolvi dar uma parada, e voltar com algo que me desse prazer e ao mesmo tempo me instigasse a conhecer, estudar, pesquisar.

Cheguei a pensar num blog de economia, mas passou logo, graças a Deus, pois seria uma extensão do trabalho e eu acabaria trabalhando em dobro...rsrsrsrs, se bem que a ideia me atrai.

Resolvi, pois, falar de uma das minhas paixões, que estava aguardando a aposentadoria para se manifestar por inteiro. Aconteceu por acaso, mas eu acho que foi um sinal. Recebi uma oferta do Peixe Urbano de um curso básico de fotografia, menos que a metade do preço. Eu tenho um conhecimento precário do tempo que cursei arquitetura e resolvi fazer. Fiz. Adorei. Percebi que não sei nada sobre fotografias e máquinas fotográficas, inclusive comprei uma Nikon, simplinha, mas cheinha de recursos.

O fotógrafo que montou o curso, André Nery, falou um sábado inteiro e parece que o dia passou correndo. Saí com vontade de quero mais e esse foi apenas o primeiro degrau, o pontapé inicial. Sempre tive um olhar diferente ao clicar, sempre procurava aquele algo a mais e fiz algumas experiências ao longo dos anos.

Quem quiser conhecer mais o trabalho do André Nery, esse é o site dele: www.andrenery.com.br

Bom, pretendo falar sobre fotografia, cursos, métodos, ensaios, exposições, o que eu achar legal de postar e falar aqui. Vou aprendendo, mostrando, crescendo e dividindo com vocês. Sem pretensão nenhuma, como disse, isso aqui é um hobby. Quem quiser participar, colaborar, será muito bem-vindo.

Quando eu cursava a faculdade de arquitetura, tive uma cadeira de fotografia. Naquele tempo eu tinha uma Olympus comprada no Paraguai, com filme de rolo, lembram?

Bom, o que eu mais gostei dessas aulas foi o jogo de sombra e luz, o preto e o branco. Tanto que sempre tiro algumas fotos, no meio daquelas corriqueiras de registros de fatos e viagens, com esse recurso e, são algumas delas que vou postar nesse primeiro post sobre fotografias.



Esta, foi enquanto eu cursava a faculdade, com a Olympus que eu falei. As modelos estão na frente de uma janela e não usei o flash justamente para a foto ficar escura e obtermos o contorno, o contra luz.
Repararam na boquinha da criança? No perfil? Foi tudo milimetricamente planejado.

Essa foto tem muito significado para mim.

Acho que consegui passar a mensagem. Quando a vejo, penso em amor, carinho, ternura.



Esta, foi com uma Sony digital, uma das primeiras.
Foi tirada ao entardecer, contra luz, criando o mesmo efeito, realçando a paisagem, deixando a modelo em segundo plano, ao contrário da anterior.





Aqui, o contraste existe, mas deixa o espectador visualizar um pouco mais da cena, percebendo também a paisagem como cenário.

Também foi tirada com a Olympus de rolo.


Com a Sony digital, no automático, como a fotografia anterior, percebemos toda a cena, a modelo e o pôr do sol na Casapueblo, em Punta del Leste. Mágico, contemplativo.

A mesma proposta para a foto abaixo, tirada em Itapiruba/SC






Nesta foto, foi usado o efeito sépia da Sony digital, mas com a mesma proposta de jogo de sombra e luz sem flash.

Foi tirada de dentro do quarto da sede de uma fazenda em São Lourenço/RS, tentando resgatar o passado. Reparem no berço logo abaixo da janela.









Todas as imagens são minhas.
Espero que tenham apreciado.